O governo federal anunciou nesta quinta-feira (6) um conjunto de medidas para tentar conter a alta dos preços dos alimentos, incluindo a isenção de imposto de importação sobre alguns produtos e ações regulatórias para estimular a competitividade e reduzir custos.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após reunião com integrantes do governo, setor produtivo e empresarial, e tiveram aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“São medidas para reduzir preços, para favorecer o cidadão e a cidadã, para que ele possa manter o seu poder de compra, possa ter a sua cesta básica com preço melhor”, afirmou Alckmin na ocasião.
Outro ponto é o estímulo à produção de alimentos da cesta básica no Plano Safra e fortalecimento dos estoques reguladores pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O governo também busca ainda um acordo com os estados para redução do ICMS sobre produtos da cesta básica e firmou parceria com supermercadistas para divulgar os melhores preços ao consumidor.
O governo também lançará o Selo Empresa Amiga do Consumidor, uma iniciativa para identificar e incentivar supermercados que praticam preços equilibrados na cesta básica. “A gente vai estimular a disputa, favorecer o consumidor, ajudar o consumidor”, disse Alckmin.
Outra ação prevista é a extensão, por um ano, da validade do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para todo o território nacional, permitindo a comercialização interestadual de produtos certificados no nível municipal, como leite, mel e ovos.
“Vamos, por um ano, dar os efeitos do SIM para todo o território brasileiro”, explicou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “O objetivo da medida é dar competitividade e oportunidade para os produtos da agricultura familiar brasileira”, frisou.
Segundo Alckmin, as ações serão mantidas pelo tempo necessário para garantir a redução dos preços. “Acreditamos que esse conjunto de medidas vai fazer efeito”, concluiu o vice-presidente.