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Os oito recados de Lula na primeira reunião ministerial

Os oito recados de Lula na primeira reunião ministerial

Publicada em 07/01/2023 às 06:49h

por O Globo.com


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 (Foto: Foto: Divulgação)

Durante seu?discurso antes da primeira reunião ministerial, o presidente Luiz Inácio?Lula?da Silva (PT) fez acenos e mandou recados de como deseja conduzir seu terceiro governo. A relação que chefe do Executivo pretende estabelecer junto ao Congresso, o discurso dúbio na relação com os ministros, o aceno ao agronegócio e a proposta de voltar a investir em áreas como educação, saúde e cultura foram os destaques da fala inicial. 

Confira dos principais pontos: 

Denúncias sobre ministros 

Durante o discurso, o presidente deu um?recado?dúbio para seus ministros?as dizer que quem fizer algo errado "será convidado a deixar governo", mas prometeu "não deixar ninguém na estrada". 

“Todo mundo sabe que a nossa obrigação é fazer as coisas corretas, é fazer as coisas da melhor forma possível. Quem fizer errado, sabe que só tem um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria justiça”, disse Lula, acrescentando logo depois: “Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Não deixarei nenhum de vocês”. 

A declaração do presidente Lula ocorre em meio ao desgaste político do governo provocado pelas relações da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), com integrantes de milícias no Rio de Janeiro. Outro caso de constrangimento dentro do primeiro escalão de Lula é do ministro de Integração Nacional, Waldez Góes. Ele, que ganhou uma vaga na Esplanada graças à articulação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), já foi condenado a seis anos e nove meses de prisão, em regime semiaberto, pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2019.  

Relação com Congresso 

Lula deixou claro que não tem vergonha de ter escolhido parte de sua equipe com acordos políticos. Ele pontuou também que a orientação para seus ministros é de que mantenham suas portas abertas para membros do Congresso, ressaltando que os ministros "têm a obrigação de manter a mais harmônica relação" com os demais poderes. 

“Muitos de vocês são resultado de acordos políticos, porque não adianta a gente ter o governo tecnicamente formado em Harvard e não ter o voto na Câmara dos Deputados e não ter o voto do Senado”, disse, complementando:  “Nós temos que saber que nós é que precisamos ter uma boa relação o Congresso e cada um de vocês, ministros, tem a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso Nacional. Não tem importância que você divirja de um deputado ou senador, quando a gente vai conversar, você não está propondo casamento, mas a gente está propondo aprovar um projeto ou fazer uma aliança momentânea em torno de um assunto que interessa ao povo brasileiro”. 

Arthur Lira?e?Rodrigo Pacheco 

Lula aproveitou os discursos para mandar um recado também para os presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara Arthur Lira, garantindo diálogo constante com as lideranças. 

“Quero dizer para vocês que vou fazer a mais importante relação com o Congresso Nacional que eu já fiz. Quero dizer aos líderes que dessa vez vocês não se preocupem que vocês vão ter um presidente disposto a fazer quantas conversas forem necessárias com as lideranças, com os partidos políticos, com o presidente Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e Arthur Lira (presidente da Câmara). Não tem veto ideológico para conversar nem assunto proibido em se tratando de coisa boa para o povo brasileiro”, prometeu. 

Ele também pontuou a relação de dependência do Executivo com o Legislativo, que deve ser sempre lembrada pelos integrantes de sua gestão: 

“Tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é o governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E é assim que nós vamos governar nesses próximos quatro anos”, prevê. 

Frente ampla 

O presidente fez um aceno ainda aos integrantes do governo que tem?posições distantes das defendidas pelo Partido dos Trabalhadores. "Nós não somos um governo de um pensamento único, não somos um governo de uma filosofia única, não somos um governo de apenas pessoas iguais. Nós somos um governo de pessoas diferentes e o que é importante é que a gente, pensando diferente, tem que fazer o esforço para que no processo de reconstrução desse país, a gente pense igual, a gente construa igual", afirmou Lula. 

Entre os nomes que representam essa frente ampla no governo, o principal é o de?Simone Tebet, ministra do Planejamento. Ela, que pleiteava assumir a pasta de Desenvolvimento Social, acabou sendo alocada na área econômica, onde precisará enfrentar divergências. Na cerimônia de posse do cargo, a senadora citou o desafio e afirmou que o governo de Lula "do PT e da frente ampla". 

“Quando abri minha boca para agradecer (ao presidente Lula pelo convite para virar ministra) e dizer que havia algum equívoco, disse a ele: "mas presidente, nessa pauta, ministro Haddad e ministro Alckmin e ministra Esther, nós temos divergências econômicas". Ele simplesmente me ignorou como quem diz: "é isso que eu quero, porque eu sou um presidente democrata e um presidente democrata não quer apenas os iguais, quer os diferentes para se somar". Porque é assim que se constrói uma nação soberana, justa e igual para todos”, contou Tebet. 

Agronegócio 

Lula fez ainda um aceno ao agronegócio, setor da sociedade que durante a campanha eleitoral apoiou maciçamente seu opositor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo presidente citou nominalmente o novo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, como "empresário de verdade", preocupado com a preservação ambiental. 

“Fico muito feliz quando vejo um homem do agronegócio como ministro da Agricultura, como o companheiro Fávaro. Eu penso que o Fávaro é a perspectiva que nós temos de fazer com que as pessoas sérias, os homens de negócio do agronegócio, os empresários de verdade que sabem a responsabilidade da produção de alimentos nesse país, que sabem a necessidade da produção sem precisar ofender ou adentrar a Floresta Amazônica ou qualquer outro bioma que tem que ser protegido. Esse empresário que produz de forma responsável será por nós muito bem tratado e muito respeitado”. Ele reforçou ainda que irá combater atividades ilegais e pregou o respeito à demarcação das terras indígenas. 

 




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