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Lollapalooza 2022: 3º dia tem 'mini festival' de rap no lugar de Foo Fighters e protestos contra Bolsonaro

Domingo também teve bons shows de Marina Sena, Glória Groove e Djonga. Idles fez show caótico, e Libertines esvaziou palco principal. Veja principais destaques do último dia de Lollapalooza.

Publicada em 28/03/2022 às 07:02h

por G1.com


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 (Foto: G1.com)

O terceiro e último dia do Lollapalooza 2022, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi marcado pelo show de Planet Hemp, Emicida e rappers convidados em substituição do Foo Fighters. Teve ainda...

Interrupção da programação e 2º show de Rashid cancelado

Protestos contra Bolsonaro após decisão do TSE de vetar manifestação eleitoral

Fresno mostrou emo renovado em show com Lulu Santos

Marina Sena se confirmou como voz original da MPB sacolejante

Djonga fez um dos melhores shows do festival

Libertines esvaziou palco principal com show de rock bêbado

Black Pumas mostrou soul psicodélico sem falação

Glória Groove estreou o show de "Lady Leste"

O show liderado por Emicida e Planet Hemp substituiu o Foo Fighters, que cancelou a apresentação após a morte do baterista Taylor Hawkins. Mano Brown, Rael, DJ Nyack, DJ KL Jay, Criolo, Bivolt e Drik Barbosa participaram e encerraram o palco principal.

Protestos contra o presidente Jair Bolsonaro foram recorrentes ao longo do domingo, dia em que decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral, vetou manifestações eleitorais de artistas no evento. O festival recorreu e pediu que a decisão seja revista e não seja aplicada qualquer penalidade.

Interrupção no começo da tarde

A programação de todos os palcos do festival foi interrompida por volta de 13h35. Segundo a organização, a paralisação foi por conta da previsão de chuva e de raios na região do festival. Não houve chuva forte, e a programação foi retomada cerca de 1 hora depois.

O tempo foi suficiente para cancelar o show de Rashid. O rapper tentava pela 2ª vez cantar no Lollapalooza já que em 2019 teve a apresentação também interrompida pela chuva.

"Não deu de novo, família", dizia o comunicado publicado nas redes sociais do Rashid. No sábado, ele esteve no festival e falou sobre a expectativa para a apresentação: "Se Deus quiser, a gente termina em grande estilo".

Emo renovado

Fresno fez show 20 minutos mais curto do que o previsto por conta da chuva, mas apresentou emo renovado com participação de Lulu Santos. Lucas Silveira teve que se virar com as falhas no microfone nos primeiros versos. Ele apontou para o mic e tudo se acertou a partir dali.

"FUDEU!!!", de 2021, veio com Lucas gritando "Fora Bolsonaro". A frase também apareceu no telão e foi repetida por fãs por cerca de 30 segundos. Já "Manifesto" foi dedicada a Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, que morreu na sexta-feira e se apresentaria no Lolla.

Rock caótico com Idles

A banda inglesa conhecida por shows incendiários e músicas que confrontam machismo e xenofobia fez boa estreia no Brasil. "Esse floco de neve é uma avalanche", frase de "I'm scum", uma das melhores da apresentação, resumiu bem o plano do Idles no show caótico.

A bandeira LGBT balançada na rodinha punk também explica bem a banda que pode parecer estranha para quem entendeu o rock errado, como muita gente no Brasil.

Os guitarristas Lee Kiernan e Mark Bowen, de vestido, deram mergulhos na plateia e mostraram o melhor do seu rock progressita, com destaque para o álbum "Joy as an act of resistance" ("alegria como ato de resistência", mais um resumo da banda), de 2018, que domina o setlist.

MPB sacolejante de Marina Sena

Marina Sena, cantora mineira dona do hit "Por Supuesto", mostrou ser uma voz original em meio a tantas novidades da MPB sacolejante moderninha. O show tem boas coreografias e som pulsante.

"Me toca" é a que melhor representa as intenções de Marina. Ela começa só com violão e barulhinho de sintetizador e depois entra a banda fazendo uma barulheira com guitarra, baixo, bateria e percussão. No fim, ela larga o microfone e dança com quatro bailarinas.

A cantora falou ao g1 sobre a estreia no festival: "Estar no Lolla é como se concluísse um pensamento sobre o que eu queria para mim. 'Você pode, sabe? É o seu lugar'. Fiquei tranquila em saber que eu me sinto confortável nesse lugar".

Soul rock psicodélico sem falação

Eric Burton e Adrian Quesada, do Black Pumas, foram direto a ponto no show na tarde deste domingo. Sem falação, eles apresentaram o soul rock psicodélico com cantoras de apoio poderosas.

A mistura de rock, soul e R&B recheia toda a apresentação, que tem bons momentos em músicas como "Fire" e "Sugar Man", cover do cantor americano Sixto Rodriguez. A chuva fina no fim não espantou a plateia, vidrada na performance de Quesada e Burton. Foi na reta final que a plateia cantou mais, principalmente em "Colors".

Libertines e rock bêbado

Britpop de garagem pós-open bar. A resposta da Inglaterra para o Strokes. Música para indie bêbado dançar nos anos 2000. Todos esses rótulos se aplicam ao Libertines.

A banda britânica entrou no line-up de última hora, no lugar do Jane’s Addiction. Nos três dias de festival, nenhum show depois das 18h foi tão vazio.

O setlist segue muito parecido com o do Popload Festival, seis anos atrás. Sem lançarem álbuns desde então, o quarteto toca músicas dos discos "Up the Bracket" (2002), "The Libertines" (2004) e "Anthems for Doomed Youth" (2015).

Coro de 'fogo nos racistas'

Djonga cantou "fogo nos racistas", famoso verso de sua música "Olho de tigre", para uma multidão sob chuva em um dos melhores shows desta edição do festival.

O rapper mineiro pediu para abrir a roda, entrou no meio da plateia apoiado nas costas de um segurança e comandou o seu verso mais famoso dos dois lados do público, além de coros contra Bolsonaro.

Com direito a dançarinos, um ocasional guitarrista e seu DJ Coyote Beatz, o rapper mineiro estava tão animado, que gritava até músicas românticas, como "Leal". Outro reforço foi o MC conterrâneo FBC.

Balada em dia de rock

O principal DJ desta edição do Lollapalooza tocou no palco que ficava entre os shows que tinham acabado de terminar do rapper mineiro Djonga e dos roqueiros ingleses Libertines. Mesmo assim veio gente dos dois lados para ver o DJ holandês.

Foi difícil não notar o contraste, mas Martin Garrix fez sua balada certinha e ganhou o público facilmente com um set lotado de sucessos próprios. O show já começa forte com "Scared to be lonely", single dele com Dua Lipa.

Baile pop em palco de eletrônico

Se alguém dissesse que Gloria Groove faria o show com mais guitarra da tenda eletrônica do Lollapalooza em 2022, ia parecer viagem. Mas a cantora levou uma banda com baixo, guitarra e bateria para estrear a turnê do álbum "Lady Leste", que mistura "funk mandrake" com "roqueira de shopping", como ela mesma define.

A surpresa foi a participação de Priscilla Alcântara na faixa "Sobrevivi". Mas o show teve um problema: o palco eletrônico, adaptado ao formato de DJs, é baixo e não tem telão filmando o artista. A maioria das pessoas que lotavam o espaço simplesmente não enxergava Gloria.

O público fez coros contra o presidente e Gloria disse: "Hoje à tarde antes de vir para cá eu me peguei pensando o seguinte: será que a gente voltou no tempo, será que é isso que está acontecendo, será que eles querem calar a gente? Censura em 2022 é o c***, fora Bolsonaro."

'Mini festival' de rap

No lugar do Foo Fighters, o Lollapalooza recebeu um mini festival de rap e um show do Planet Hemp. Essas foram as atrações escaladas de última hora para substituir a banda principal da noite.

Antes da música ao vivo, Perry Farrell apareceu no telão para falar de Taylor. Ele falou sobre o baterista do Foo Fighters e mostraram um áudio do músico. Trechos de shows da banda também foram exibidos.

Na primeira parte do show, Emicida e Rael rimaram com Mano Brown, Djonga, Bivolt e Drik Barbosa. Em seguida, o Planet Hemp foi pela segunda vez escalado pelo Lollapalooza para substituir uma atração internacional. Em 2016, eles foram chamados para o lugar de Snoop Dogg.

A maior parte do repertório foi direto ao assunto, com músicas como "Dig Dig Dig", "Queimando tudo" e outras dos quase 30 anos de banda. Elas foram bem recebidas, mas com abaixo da que se espera de uma atração principal de festival.

Emicida ainda voltou ao palco para improvisos e uma homenagem para Marielle Franco, vereadora morta em 2018. A imagem dela apareceu no telão e D2 gritou "Marielle", para que a plateia respondesse "Presente".




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