Javier Milei, da coalizão La Libertad Avanza –que reúne 4 partidos da direita argentina–, foi o candidato com maior percentual de votos nas eleições primárias para a disputa à Presidência na Argentina. Com 91,01% das urnas apuradas até às 00h46, ele tinha 30,36% dos votos.
Em seguida, aparecem:
Sergio Massa, do União pela Pátria (esquerda) – 21,30%;
Patricia Bullrich, do Juntos pela Mudança (direita) – 17,02%;
Horacio Larreta, do Juntos pela Mudança (direita) – 11,22%;
Juan Grabois, do União pela Pátria (esquerda) – 5,75%;
Juan Schiaretti, do Fazemos pelo Nosso País (esquerda) – 4,00%;
Myriam Bregman, do Frente de Esquerda (esquerda) – 1,84%;
outros – 8,51%.
A adesão dos eleitores foi de 68,5% –1,5% acima da anterior, em 2021, quando houve comparecimento de 67%. O recorde foi em 2011, quando 78,66% dos aptos a votar foram às urnas.
Foram registrados contratempos em Buenos Aires por causa do sistema misto de votação. A Argentina usa tanto cédulas físicas quanto urnas eletrônicas. As seções eleitorais na cidade ficaram abertas até 19h30. No restante do país, terminou às 18h.
Usando o lema “contra a casta política” e apresentando-se como “diferente de tudo que está aí”, o economista liberal da direita Argentina, Javier Milei, cresceu nas pesquisas para as eleições presidenciais de 2023, chegando a liderar o 1º turno com cerca de 29% das intenções de voto, de acordo com o Celag (Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica).
Entre suas principais propostas de campanha, Milei defende a dolarização argentina como solução para a alta inflação no país. “Acabar com a inflação não é um problema técnico: é o problema mais fácil de todos.
Diante da insatisfação política e econômica, Milei propõe um plano para possibilitar “um forte corte nos gastos públicos”. O projeto inclui a privatização de empresas estatais de forma similar à política observada na década de 1990 e desfeita pelo ex-presidente Néstor Kirchner. Milei também afirma que pretende reduzir os gastos do governo a 10% do PIB em seu 1º ano de mandato.